Relatório da cursista Maria Eidans:
A questão do uso da linguagem oral em sala de aula é uma problemática muito recente na educação de jovens e adultos. O que as entidades educacionais vêm fazendo para desenvolver a oralidade dos estudantes? Como é possível oferecer um ensino que desenvolva a capacidade de expressão dos estudantes sem deixar de reconhecer as diferenças lingüísticas?
Podemos observar que, na historia da educação, as diferenças lingüísticas eram vistas por alguns educadores, mais como deficiência, do que características naturais dos estudantes procedentes de diferentes contextos sociais, Desse modo o sistema educacional favorecia os alunos provenientes de camadas mais favorecidas economicamente ou com estrutura familiar dotados de certos hábitos culturais próprio da classe burguesa. Assim dificultava o estudo para alunos que vinham dos meios populares, embora estes puderam ter a mesma inteligência para utilizarem as estruturas comunicacionais.
Atualmente têm surgido muitos estudos relacionados ao uso da oralidade na sala de aula. O objetivo desses estudos é levar o aluno a conhecer as variedades lingüísticas, sendo o professor o mediador a torná-lo capaz de distinguir entre uma e outra, colocando-as em situações diversas de comunicação, para que o discente possa aprender a selecionar sem a imposição do certo e do errado. Mas nos, professores de língua portuguesa observamos que estes estudos e pesquisas em especial os PCNs publicados recentemente sobre o ensino da língua portuguesa, incluindo a análise da língua falada nem sempre deixa claro o que devemos priorizar em sala de aula e que tipo de material deve ser utilizado.
Enfim são importantes novas orientações e reflexões que nos levem revisar formas de como trabalhar a linguagem com os jovens e os adultos, para tornar a escola um espaço mais aberto e mais plural, em que as diferenças sejam vistas de forma positiva, e transformadora de possibilidades no crescimento e na aprendizagem.
Encerramento do Programa Pró-letramento
Há 11 anos